TRANSMUTAÇÃO
Ariane Sales
Ciclo da vida:
Nascer
Desenvolver-se
Reproduzir-se
Morrer.
É isto a essência,
O que nos faz ser gente, bicho, planta?
O poeta tem razão:
O essencial é invisível aos olhos.
Nascer e morrer
são atos biológicos.
Reproduzir-se é processo
(instinto, desejo, conservação);
Desenvolver-se, também
(dinâmica, movimento, evolução).
Mudar-se e mudar a realidade:
Tudo cabe aqui.
Penso que somos sós...
Paradoxalmente, somos todos.
Há dias em que quero lagartear:
Comer-beber, transar, repousar.
Há tempos em que o corpo
pede isolamento:
urso em hibernação.
Ou pede sossego:
Tem carência de ruminar.
Penso que somos sós...
Essencialmente, somos todos.
Percebo a efemeridade da vida.
Teimo, então, pela continuidade.
Quero ter:
Do mar, o mistério;
Do céu, a amplitude;
Da terra, a firmeza.
A beleza frágil da borboleta;
A suavidade inquieta do beija-flor.
Quero plantar
Semente, palavra, ação:
Que fecunde, liberte, transforme.
Quero mudar-me continuamente.
Ciclo da vida:
Nascer
Desenvolver-se
Reproduzir-se
Morrer.
É isto a essência,
O que nos faz ser gente, bicho, planta?
O poeta tem razão:
O essencial é invisível aos olhos.
Nascer e morrer
são atos biológicos.
Reproduzir-se é processo
(instinto, desejo, conservação);
Desenvolver-se, também
(dinâmica, movimento, evolução).
Mudar-se e mudar a realidade:
Tudo cabe aqui.
Penso que somos sós...
Paradoxalmente, somos todos.
Há dias em que quero lagartear:
Comer-beber, transar, repousar.
Há tempos em que o corpo
pede isolamento:
urso em hibernação.
Ou pede sossego:
Tem carência de ruminar.
Penso que somos sós...
Essencialmente, somos todos.
Percebo a efemeridade da vida.
Teimo, então, pela continuidade.
Quero ter:
Do mar, o mistério;
Do céu, a amplitude;
Da terra, a firmeza.
A beleza frágil da borboleta;
A suavidade inquieta do beija-flor.
Quero plantar
Semente, palavra, ação:
Que fecunde, liberte, transforme.
Quero mudar-me continuamente.
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