dessa Nova Realidade
Ariane Sales
É consenso entre os profissionais da educação que não se pode mais negar a influência das tecnologias de informação e comunicação (TICs) na educação escolar. Desde a orientação dada pelo órgão de instância maior responsável pela implementação de propostas na educação brasileira, o Ministério da Educação, até o simples fato de nossos alunos terem cada vez mais acesso a internet, essa realidade se constitui em fato.
Precisamos compreender tal realidade e tomar um posicionamento diante da mesma de modo crítico e com bom senso. Se não podemos, de um lado, ignorar tal influência “escondendo a cabeça na terra” feito avestruz, por outro, não podemos supervalorizar os efeitos da informática na escola como a grande impulsionadora de processos de aprendizagem por si mesma, como ingenuamente pensam alguns.
Pois nem mesmo se pode ter essa atitude em relação à educação, constituindo-se a mesma em fator de transformação social, mas nunca em determinante, principalmente de modo isolado, como querem nos fazer pensar certos discursos, principalmente políticos.
Pois nem mesmo se pode ter essa atitude em relação à educação, constituindo-se a mesma em fator de transformação social, mas nunca em determinante, principalmente de modo isolado, como querem nos fazer pensar certos discursos, principalmente políticos.
Como diz Paulo Freire: "O educador e a educadora críticos não podem pensar que, a partir do curso que coordenam ou do seminário que lideram, podem transformar o país. Mas podem demonstrar que é possível mudar. E isto reforça nele ou nela a importância de sua tarefa político-pedagógica" (2001: p. 126-27).
Falar, porém, do uso das tecnologias na escola e o papel do educador diante dessa nova realidade não é algo simples, principalmente pelo grande isolamento da escola em relação às mudanças que ocorrem no mundo continuamente. Pois o modelo de escola pública que predomina em nossa cidade e em parte considerável do País, se assemelha com o da escola no século XIX, onde o trabalho do professor é pautado pela utilização do quadro e do livro didático, utilizando-se principalmente (e basicamente também) da aula expositiva. Grande parte de nossas escolas não
possui biblioteca, sala de vídeo, laboratório de informática etc., e estão assim, alheias às inovações tecnológicas e da informática.
E para além dessas questões materiais e que refletem um posicionamento político de quem dita os rumos da educação no país, estados e municípios, ainda se tem o agravante da falta de preparo dos profissionais para um trabalho com a instrumentação eletrônica.
“Como em tantas outras áreas de atuação humana impactadas pelas tecnologia de formação e comunicação, também na educação o desafio só será vencido quando essas tecnologias forem compreendidas e incorporadas pelas pessoas de modo inteligente e criativo. Aqui, surge a necessidade de capacitação continuada, até porque essas tecnologias evoluem diariamente.” (Vanzolini)
Falar, porém, do uso das tecnologias na escola e o papel do educador diante dessa nova realidade não é algo simples, principalmente pelo grande isolamento da escola em relação às mudanças que ocorrem no mundo continuamente. Pois o modelo de escola pública que predomina em nossa cidade e em parte considerável do País, se assemelha com o da escola no século XIX, onde o trabalho do professor é pautado pela utilização do quadro e do livro didático, utilizando-se principalmente (e basicamente também) da aula expositiva. Grande parte de nossas escolas não
possui biblioteca, sala de vídeo, laboratório de informática etc., e estão assim, alheias às inovações tecnológicas e da informática.
E para além dessas questões materiais e que refletem um posicionamento político de quem dita os rumos da educação no país, estados e municípios, ainda se tem o agravante da falta de preparo dos profissionais para um trabalho com a instrumentação eletrônica.
“Como em tantas outras áreas de atuação humana impactadas pelas tecnologia de formação e comunicação, também na educação o desafio só será vencido quando essas tecnologias forem compreendidas e incorporadas pelas pessoas de modo inteligente e criativo. Aqui, surge a necessidade de capacitação continuada, até porque essas tecnologias evoluem diariamente.” (Vanzolini)
Sabemos que, dentre as tarefas nossas de cada dia, talvez a mais importante seja cuidar da própria formação, pois não é possível ajudar os alunos a aprenderem, se nós mesmos não estamos dispostos a pagar o preço para, também aprender. Não se deve cobrar leitura, se nós mesmos não lemos; produção, se nos recusamos a elaborar, manejar instrumentação eletrônica e lidar com a informática, se não sabemos fazê-lo.
Assim, resta-nos cuidar da formação própria tendo em vista desenvolver um trabalho na escola que se utilize das tecnologias, bem como ajudar os alunos a também serem incluídos nessa realidade, fazendo bom uso dos laboratórios que algumas escolas possuem, melhorando os ambientes educativos e as metodologias de ensino e de aprendizagem.
Assim, resta-nos cuidar da formação própria tendo em vista desenvolver um trabalho na escola que se utilize das tecnologias, bem como ajudar os alunos a também serem incluídos nessa realidade, fazendo bom uso dos laboratórios que algumas escolas possuem, melhorando os ambientes educativos e as metodologias de ensino e de aprendizagem.
Além disso, pra que o trabalho seja significativo e venha a alterar a dinâmica da escola, cabe-nos também a tarefa de incentivar e motivar os demais professores, para a importância da formação voltada para a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis. Lembrando que “neste cenário de educação continuada para centenas de milhares de pessoas em curto espaço de tempo, a educação à distância é uma solução bastante adequada. Talvez a única possível, se considerarmos que os recursos financeiros não são infinitos”.
E há mesmo uma tendência pela oferta de cursos de formação de caráter semipresencial, com formatação que inclui aulas presenciais e aulas e ou atividades à distância, o que já reflete, de certo modo, a tendência pela utilização da instrumentação eletrônica e da informática, tão presentes em nossa vida.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 20. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
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